Fortaleza de Santa Cruz da Barra – Niterói/RJ

Quem for a Niterói não pode deixar de conhecer uma das sete maravilhas da cidade! (Listarei as 7 ao final do post).

A Fortaleza de Santa Cruz da Barra é o 2º ponto turístico mais visitado. Recebe em média 2 mil visitas por mês, com visitas guiadas que acontecem a cada 30 minutos, com duração em torno de 45 minutos.

E nossa visita aconteceu em um belo domingo de sol! 😉

Como comentei no post sobre Niterói, ela foi tão demais que separei um espacinho aqui só para falar sobre ela!! Contarei sobre nossa visita e depois conto um pouco mais sobre a história da Fortaleza.

Pegamos o ônibus “linha 33 – Viação Miramar” que passa perto do hostel e descemos no ponto final. De hora em hora tem ônibus que entra na Fortaleza, mas como estava cheio não entrariam e pegamos um Uber para subir, ficou R$ 9,00.

Chegando lá em cima o motorista nos deixou com o guia do local e ele chamou o Gustavo para nos auxiliar, já que éramos em duas deficientes visuais. Não poderiam ter escolhido um melhor guia, foi demais! Ele nos descreveu todos os detalhes, até a disposição das pedras no chão!! Além dele ter sido nosso fotógrafo…rsrs. Gente, tanta delicadeza que mesmo sendo uma visita mais visual, adoramos!!

Começando nosso passeio passamos por um relógio solar, curiosa a estrutura. Os soldados usavam para se localizar no tempo, mas fiquei pensando, e quando não tem sol? Sem o sol não é refletido a sombra para mostrar os ponteiros e assim não conseguem ver a hora…

Após uma caminhadinha chegamos na Capela de Santa Bárbara, atualmente a imagem não está na Capela pois está sendo restaurada. De frente ao altar, a direita possui uma janela onde o padre ficava vigiando enquanto rezava a missa, de costas para os demais, e avisava caso aparecesse algum navio suspeito, pois todos os soldados estavam ali presentes durante a missa. Foi daí que veio o ditado “Um olho no padre e outro na missa”!

Diz a lenda que possui quatro corpos emparedados na Capela. Dois oficiais que morreram em uma revolta interna em 1905 e os outros dois de Iracema e Laís. Iracema era filha de um capitão que se envolveu com um soldado, como o romance era proibido ela se atirou nas muralhas e Laís foi sua melhor amiga que faleceu de morte natural.

São três pavimentos. No último possui uma masmorra com 6m de extensão, lugar completamente escuro, entramos só um pouquinho, a Hilary começou a balançar a cabeça e me puxou em disparada para fora! Eu hein?! Dizem que os cães sentem as coisas né? O negócio depois disso foi sair rapidinho de lá! rsrs

A prisão ela gostou de entrar…kkkkk… Ela fica em outro pavimento, mais acima e por sinal achei com uma visão privilegiada (ok, não vi a vista, mas pela descrição acho que era…kkkk) e em uma área mais fresca. Assim que chegamos em frente ela entrou na prisão e deitou lá dentro! Acho que ela sentiu que a prisão recebeu figuras ilustres (José Bonifácio, Bento Gonçalves e Euclides da Cunha) e quis fazer parte dessa lista! kkkk

Às vezes “enxergar com as mãos” não é lá muito agradável, ao tocar em um canhão, caiu a ferrugem em mim. Argh!rs

Agora falando um pouco mais sobre a história da Fortaleza.

“É impossível falar de história do Brasil sem citar esse relicário de 7.153 m²! A Fortaleza de Santa Cruz da Barra – ou FSCB, para facilitar aos mais íntimos, tem por característica principal a porta de entrada para cidade do Rio de Janeiro. Situada no lado niteroiense da Baía de Guanabara, a FSCB se tornou grandiosa somente em 1612, há 405 anos. Mas antes de se tornar Fortaleza já era ocupação de defesa brasileira desde 1555, liderada primeiramente por franceses e, posteriormente, por portugueses. Em seus caminhos pedregosos e naturalmente irregulares (a fortificação foi construída em cima de pedras originais), conhecemos locais com os mais diversificados pontos turísticos culturais, que vão de prisões que guardam histórias possivelmente desagradáveis até a segunda Capela mais antiga de Niterói, a de Santa Bárbara, protetora contra raios, trovões, e padroeira da arma de artilharia. E por falar em artilharia, nela está estabelecida a Artilharia Divisionária da Primeira Divisão de Exército. Ah, e não dá para falar desse forte sem citar que se trata do local mais próximo entre Niterói e Rio de Janeiro (são aproximadamente 1.500 metros de distância até a Urca). E é claro, de lá se tem uma visão MARAVILHOSA do Pão de Açúcar. Exclusividade de Niterói!” (by Gustavo Torquato)

Depois de passear por anos na história, a visitação termina com eles declamando um belo soneto! 🙂

 

“De pedra em pedra se fez a história Complexo de formas que a todos seduz Relicário profundo de nossa memória Traduzido nas muralhas de Santa Cruz Ícone soberano da Guanabara Vigilante inconteste de uma nação Traz consigo a lembrança mais cara Presente na alma de cada canhão Guardiã do Estado, sentinela no passado Trabalho silente, cultura no presente Um sonho seguro, tradição no futuro Sentença perfeita, aqui se alistou Verdade tão certa, a tropa adotou Sentinela Alerta, Alerta Estou!”

 

Para Mais informações:

http://www.ad1de.eb.mil.br/index/paginas/visita%C3%A7%C3%A3o.html

 

As 7 maravilhas de Niterói:

1. Museu de Arte Contemporânea (MAC)
2. Praia de Itacoatiara
3. Fortaleza de Santa Cruz da Barra
4. Ponte Rio-Niterói
5. Mercado de Peixe São Pedro
6. Teatro Municipal
7. Orla de São Francisco

 

Ah, e não deixe de ler como foi nossa aventura completa em Niterói! É só clicar aqui! 🙂

 

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